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Enfermeira adota bebê rejeitado pelos pais por ter síndrome de Down 13/12/2022

O ano é 2012 e o que parecia ser mais um dia de trabalho como qualquer outro, acabou sendo aquele que marcou a vida de Marcela Casal Sánchez, uma enfermeira de 48 anos que trabalha no Sanatorio Mater Dei em Buenos Aires, na Argentina. 

Naquele ano, Marcela cuidou de um recém-nascido que foi rejeitado pelos pais por ter síndrome de Down. Embora nunca os tenha visto, soube que eles pediram que o berço fosse retirado do quarto da mãe e que devolveram a certidão de nascimento ao hospital, e ainda contaram aos parentes que o menino havia morrido. 

Marcela e seus colegas de trabalho ficaram muito aflitos com a situação, pois nunca tinham visto nada parecido. Achavam que era questão de tempo, mas os pais estavam decididos a manter a decisão como se nada tivesse acontecido.Enquanto os advogados do hospital e um tribunal trabalhavam no assunto, o bebê foi para a UTI neonatal para ser mais observado, onde também recebeu alimentação, cuidados, atenção e muito amor. 

“Naquela época ele estava nos braços de todos. Nós o trouxemos da UTI neonatal. Nós o tiramos. Colocamos ele no berço, no ovinho, ele passou de braço em braço, como eu digo, com todas as tias. Vieram também de outros serviços para ver”, disse a enfermeira. Com o passar do tempo, Marcela esperava que um parente fosse buscar o bebê, mas isso nunca aconteceu. Além disso, o menino ganhou um nome novo, passando de Franco para Santiago.


Adoção

Semanas depois, Santiago havia sido enviado para um lar temporário, e foi aí que Marcela decidiu reunir toda a papelada necessária para entrar na fila de adoção e ser selecionada. 

Finalmente, a juíza María del Carmen Bacigalupo de Girard convocou Marcela e seu companheiro e lhes deu a boa notícia de que seriam os pais de Santiago. “E caímos em lágrimas. O juiz estava chorando, os presentes estavam chorando, foi muito, muito emocionante”, contou.

Marcela não precisava mais se preocupar com o destino de Santiago porque sabia que tudo ia ficar bem. E embora com o tempo o seu companheiro tenha decidido seguir outro caminho, sente-se feliz por ter o filho e toda a família do hospital que esteve presente quando a criança mais do que nunca precisou.

Hoje com 10 anos, Santiago é uma criança feliz e grata por estar cercada por pessoas que o amam e o aceitam como ele é. “Ele é tudo para mim e meus pais. Ele é uma criança extraordinária, muito carinhosa e extremamente sociável. Ele ama a natureza e ama seus animais de estimação: tem cachorros e gatos”, concluiu Marcela.


Com informações do Razões para acreditar

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