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Quem ganha com a inclusão de pessoas com síndrome de Down na sociedade 09/01/2023

Mesmo sendo a primeira causa conhecida de deficiência intelectual, pessoas com síndrome de Down e suas famílias ainda enfrentam muitos desafios. Mais de 70% sofrem abandono parental, estima-se que menos de 10% são alfabetizadas e vê-las inseridas no mercado de trabalho é ainda mais raro.  Com os avanços da medicina, a expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down não para de aumentar. Nos últimos 30 anos, a longevidade subiu de 35 para 60 anos, mas ainda há o que melhorar no que diz respeito à qualidade de vida. No Brasil, há cerca de 300 mil pessoas com síndrome de Down, e muitas delas não são bem recebidas em ambientes usuais.  

Para Leonardo Gontijo, presidente do Instituto Mano Down, a presença de pessoas com síndrome de down em shows, cafés, transportes públicos e outros ambientes deveria ser normalizada. 

O instituto com sede em Belo Horizonte foi fundado em 2011 e surgiu pelo amor que Leonardo tem pelo irmão mais novo, Dudu, diagnosticado com síndrome de Down. Ao enxergar todas as dificuldades que o irmão e todas as pessoas com deficiência intelectual poderiam enfrentar, Leonardo criou o núcleo de socialização com o objetivo de trocar a palavra exclusão por oportunidade.

Hoje, o Mano Down recebe mais de 600 famílias de todo o Brasil, oferecendo a elas intervenção precoce de saúde, inclusão escolar, mobilização para autonomia, inclusão no mercado de trabalho e estímulo ao empreendedorismo. 


Inclusão no mercado de trabalho

Quando uma pessoa com síndrome de down procura ser incluída em um ambiente profissional, ela quer muito mais que renda. Busca, ainda, socialização, aprendizado, aumento de autoestima e realização de sonhos. De acordo com o psicólogo Gabriel Leandro, do Instituto Mano Down, apesar de ainda ser um grande desafio, a inclusão de pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho traz muitos benefícios não só às pessoas contratadas mas também às empresas. 

Como exemplo, Gabriel cita o caso de um dos educandos que está inserido no mercado de trabalho. “Depois de horas de uma palestra de segurança de trabalho, ele levantou a mão dizendo que não havia entendido nada e pedindo para que o palestrante resumisse. Em 20 minutos, o cara resumiu de forma clara uma palestra de duas horas. A dúvida desse funcionário provavelmente era a de muitas pessoas. A presença dele trouxe à empresa uma comunicação simples e eficiente”.  


Com informações do Estado de Minas 

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