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"Eu não queria ter um bebê com síndrome de Down. O que eu não sabia é o quanto precisava disso", diz mãe 06/02/2023

Uma mulher com 40 anos de idade fez um relato emocionante sobre a sua vontade de se tornar mãe. Ela contou ao periódico americano Today que sempre teve o desejo de engravidar, mas que também tinha medo de ter um bebê com síndrome de Down. Dada a sua idade mais avançada, Michele Dynia sabia dos riscos, mas o sonho de ser mãe era maior do que qualquer outra coisa. Depois de passar por uma rodada de fertilização in vitro (FIV), ela conseguiu engravidar - mas foi surpreendida quando realizava seus exames pré-natais e descobriu que tinha 93% de chance de seu bebê nascer com a condição. 

Michelle diz que o sonho de se casar durante os seus 20 anos e de ter filhos aos 30 não aconteceu para ela. Pelo contrário, ela passou mais tempo solteira do que namorando e, quando entrava em relacionamentos, seus parceiros já tinham filhos e deixavam claro que não gostariam de ter bebês novamente. Sendo assim, ela decidiu que encararia o seu sonho de peito aberto e se tornaria mãe solo.

Ela já havia passado dos 35 anos quando tomou a decisão que mudaria a sua vida para sempre, mas tinha uma questão que ainda a incomodava: a síndrome de Down. Michelle explica que mulheres com idades acima de 35 anos podem ter chances aumentadas de ter bebês com a síndrome, e isso a deixava um pouco preocupada. "Eu estava com medo disso. Eu não queria que meu filho tivesse síndrome de Down porque há muitas complicações de saúde. Eles têm muito a superar e eu não queria esses obstáculos para o meu filho", lembra a mãe. 

No entanto, embora esses pensamentos surgissem em sua cabeça, Michelle optou pela fertilização in vitro para, enfim, realizar o seu sonho. "Usei um banco de esperma para que o doador fosse um completo estranho. Havia 10% de chance de o procedimento funcionar, mas consegui engravidar na primeira tentativa", conta ela. Apesar das chances de concepção serem pequenas, Michelle diz que soube que estava grávida logo após passar pelo procedimento. "Era o aniversário da morte da minha avó e eu sabia que estava grávida e que, por causa dela, seria uma menina", ela lembra. "Eu realmente acredito que tudo sobre o que aconteceu daquele ponto em diante era para ser", diz a mãe.

Michelle conta que, quando completou 12 semanas de gestação, optou por fazer testes pré-natais não invasivos para descobrir o sexo do bebê um pouco antes do tempo. No entanto, quando o resultado dos exames chegaram, ela descobriu que tinha 93% de chances de ter um bebê com síndrome de Down. "Quando recebi aquela ligação, meu mundo inteiro começou a girar. Foi o meu pior pesadelo na época", contou a mãe.

Os médicos, então, a questionaram se ela seguiria com a gravidez, e ela diz que não teve dúvidas por um segundo. "Me perguntaram: 'o que você quer fazer?' e eu entendi isso como: 'eu quero fazer um aborto ou não?' Por aquela fração de segundo, você pensa: 'eu poderia fazer isso'. Mas então, quase instantaneamente, eu soube que não havia chance de seguir esse caminho", lembra. "Eu queria esse bebê mais do que tudo", diz Michelle. 

Michelle deu à luz a Delaney em 11 de julho de 2021. "Eu rezei por um bebê saudável e tive um bebê saudável", contou a mãe. "Ela nasceu com três buracos no coração, mas eram todos super pequeninos e se fechavam sozinhos. Ela é a maior bênção que eu poderia esperar", continuou. Ela diz que, desde o nascimento da filha, começou a perceber como as pessoas associam a síndrome a algo ruim e, na tentativa de mudar um pouco essa perspectiva, ela criou uma página no Instagram para tratar sobre o tema.

"Quero que as pessoas entendam como é uma criança com síndrome de Down. Eu quero que eles a vejam. Quero que vejam como ela cresce. Quero que a mãe que receba o diagnóstico que eu fiz não tenha tanto medo quanto eu. Eu precisava de tudo sobre ela, cada cromossomo extra - eu simplesmente não sabia. Eu não queria que minha filha tivesse síndrome de Down. O que eu não sabia é o quanto precisava disso", finalizou.


Informações: Revista Crescer

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